É sempre interessante ver como os lados derrotados tentam justificar-se, mas o que dizer de um treinador que, mesmo com uma exibição medíocre, tenta pintar uma imagem de domínio absoluto? Vítor Bruno, numa demonstração clássica de desespero, descreve o desempenho do FC Porto como “avassalador” contra o modesto Farense, uma equipa que quase estragava a festa no Dragão.
Com uma vitória arrancada a ferros e só garantida após um golo duvidoso, o treinador portista decidiu criar uma narrativa de total superioridade, ignorando os múltiplos erros e falhanços da sua equipa. Afinal, que mais resta dizer quando o resultado foi tão magro e o Farense saiu de cabeça erguida, enquanto o FC Porto teve de suar (e contar com a sorte de sempre) para segurar os três pontos?
Bruno até se dá ao luxo de afirmar que o Porto podia ter goleado ao intervalo… Como assim? Talvez estivesse a assistir a outro jogo, pois o que se viu foi um Farense que, apesar das limitações, nunca deixou de lutar e até teve direito a um golo. Mas claro, sempre que os dragões tropeçam, a desculpa é a mesma: postes, azares e um guarda-redes “avassalador”. Será que a máquina azul e branca está a enferrujar?
E no meio desta conversa, o habitual não pode faltar: a tentativa de camuflar os erros gritantes de alguns dos seus jogadores, atribuindo-os a “crescimento” e “aprendizagem”. Curioso que, quando é o Benfica, cada deslize é amplificado, mas no Porto, tudo é desculpável. No final, o FC Porto venceu, mas o jogo, mais uma vez, provou que a sorte e as desculpas continuam a ser as suas melhores armas.
Enquanto isso, no Estádio da Luz, o Benfica vai mostrando, semana após semana, o que é ser uma equipa verdadeiramente avassaladora, sem a necessidade de recorrer a desculpas esfarrapadas!