Desde que jogou pelo Real Madrid em 2010 que Cristiano Ronaldo não havia passado cinco jogos sem marcar e o seu actual momento de forma começou a questionar se o tempo está efectivamente a começar a fazer-se sentir.
O avançado celebrou o seu 37º. aniversário há poucos e é justo argumentar que, apesar dos seus muitos talentos, os seus melhores dias podem estar longe. Isto não quer dizer que ele deva abandonar a competição, longe disso, mas talvez um lugar no banco do Manchester United possa não ser mal pensado.
A sua chegada a Old Trafford no Verão desencadeou múltiplas conversas sobre se ele é uma ajuda ou um obstáculo e na realidade, ele tem sido ambos desde o seu regresso da Juventus.
Ele garantiu praticamente sozinho a passagem do United para as fases a eliminar da Liga dos Campeões, mas a natureza e a liberdade de ataque do United caiu desde que ele foi trazido para a equipa.
Aquando da eliminação da FA Cup frente ao Middlesbrough, Cristiano fez 10 remates à baliza, mas só três foram ao alvo e a frustração estava espelhada no astro. Uma dessas oportunidades perdidas foi inclusive uma grande penalidade falhada, numa oportunidade que poderia ter ajudado o United a passar à quinta ronda da prova.
Embora a sua forma na Liga dos Campeões tenha desempenhado um papel fulcral na passagem do United aos oitavos da prova, onde vão enfrentar o Atlético de Madrid, Cristiano Ronaldo não encontrar o mesmo nível de consistência na Premier League que outrora já teve.
Actualmente, ele faz uma média de 1 golo a cada 196 minutos, sendo esta a sua média mais baixa da última década e os seus remates por jogo no total da liga também estão no seu nível mais baixo.
Durante o seu auge no Real Madrid, ele encontrava o fundo das redes a cada 61 minutos na La Liga, com uma média de 6 remates por jogo, sendo que esse número é agora inferior a 4.
Ele não é o mesmo jogador que era em 2014/2015: está mais velho, a Premier League é um ambiente desafiante e também tem havido uma inegável quebra de forma a nível colectivo.
Ele será sempre capaz de fazer algo especial do nada, mas os seus níveis de consistência, especialmente na liga, já não são o que eram.
Algumas fontes alegam que o regresso de Ronaldo a Old Trafford em agosto passado foi tanto sobre a sua influência fora do campo como sobre a sua capacidade para tal. Afinal, ele tem a liderança e a experiência que o clube queria trazer para o balneário.
No entanto, no campo, alguma coisa não têm clicado como antes. Demasiadas vezes pareceu que o sistema do United foi criado apenas para acomodar Ronaldo, com os seus companheiros de equipa a tentarem constantemente procurá-lo na área.
Com isto, irá Rangnick pedir ao português que assuma um papel de apoio para dar uma oportunidade aos outros?