As eliminatórias para o Campeonato Africano das Nações decorreram recentemente e passou-se algo invulgar num jogo entre o Gabão e a República Democrática do Congo, onde um jogador foi acusado de ter uma identidade falsa.
Tudo começou quando o Gabão venceu por 3-0 a seleção nacional congolesa. Dias mais tarde, a equipa nacional congolesa apresentou uma queixa sobre a alegada falsa identidade do jogador Kanga Kaku, que nasceu em 1986 e não em 1990.
O Congo queria assim que o resultado da partida fosse anulado. A Federação Congolesa apresentou um documento supostamente a provar que o jogador do clube Estrela Vermelha de Belgrado não tinha a idade que afirmava ter.
De acordo com os registos gaboneses, Kaku nasceu em 1990 e a sua mãe morreu em 1986, o que torna a sua data de nascimento ilógica. Algumas hipóteses apontam que a mãe de Kaku fingiu a sua morte no Congo para viajar para o Gabão, onde desde então criou Kaku sob uma identidade diferente.
Para além disso, os congoleses salientaram que ele não nasceu no local registado na confederação africana, mas em Kinshasa em 1985, com o nome de Guelor Kiaku Kiaku Kiangana e apenas 3 dias após a morte da sua suposta mãe. Todas estas informações poderiam invalidar todos os pontos ganhos pela seleção nacional do Gabão durante as eliminatórias.
#Gabón ??
La @CAF_Online rechazó el planteo de la @fecofa_kinshasa ?? sobre la supuesta manipulación de identidad del jugador gabonés Guelor Kanga Kaku.
Así queda ratificada la participación de las Panteras en la #CAN2022. pic.twitter.com/tSEA7PFna1
— Camino Mundial (@caminomundialok) May 26, 2021
A verdade é que a Confederação Africana de Futebol rejeitou estas objeções e veio a público para dizer que não encontrou provas concretas que apoiassem as alegações, nem documentação suficiente para confirmar as alegações do Congo, pelo que o Kanga Kaku poderá participar na CAN do próximo ano, que será nos Camarões.