Treinador explica a decisão que mudou o rumo da sua carreira.
Amorim e o Benfica: “Lá não temos controlo total”
Numa entrevista reveladora à BBC Sport, Ruben Amorim, agora ao comando do Manchester United, explicou por que motivo não assumiu o cargo de treinador no Benfica em 2019, após deixar o Casa Pia. O técnico português foi claro ao destacar um ponto crítico que influenciou a sua decisão: a falta de controlo sobre as camadas jovens.
Amorim referiu:
“No Benfica, não temos controlo total sobre as camadas jovens. Sentia que isso era importante para mim porque, da maneira como vejo o futebol, o treinador precisa de controlar isso. Não é decidir tudo, mas ter algum controlo.”
A decisão que mudou tudo
Após uma curta mas significativa passagem pelo Casa Pia, Amorim decidiu juntar-se ao Sp. Braga B, um clube que, segundo ele, oferecia melhores condições e um ambiente mais alinhado com a sua visão. A partir daí, a sua carreira deu uma volta inesperada e marcante:
“Fui para o Sp. Braga B para sentir um clube maior. Depois, o destino levou-me à equipa principal, e tive muita sorte nos primeiros jogos. Foi uma armadilha para o presidente António Salvador. O Sp. Braga tinha uns cinco jogos seguidos contra Sporting e FC Porto, e sei que tive muita sorte. Isso mudou a minha vida.”
A transição para o Sporting CP foi o passo seguinte, consolidando o seu nome como um dos treinadores mais promissores de Portugal e, mais tarde, levando-o até ao gigante inglês Manchester United.
“O destino e a sorte ajudaram-me”
Amorim não escondeu o impacto do destino e da sorte no seu percurso:
“Fui um sortudo até agora na minha carreira. Tenho dois filhos pequenos, por isso tentei um clube perto de casa. Esses detalhes levaram-me ao Casa Pia, e o resto é história.”
A trajetória do técnico é um exemplo de como decisões estratégicas e momentos cruciais podem definir uma carreira, e Ruben Amorim não hesitou em dar prioridade às condições ideais para a sua filosofia de trabalho.