Muitos se vão lembrar de Anderson. O jogador chegou a Old Trafford vindo do Porto no ano de 2007 e foi visto como um dos talentos mais promissores do mundo.
Passou 8 anos em Inglaterra e ganhou quatro títulos da Premier League e da Champions League, apesar dos problemas com a sua condição física.
Rafael revelou agora, numa autobiografia conjunta com o irmão Fábio, o motivo exato pelo qual o seu compatriota brasileiro nunca esteve à altura do seu potencial.
“Podíamos estar com a equipa técnica a passar pelas áreas de serviço na autoestrada e Anderson saltava impulsivamente e gritava ‘McDonald’s, McDonald’s'”, explicou o jogador do Istambul Basaksehir, de acordo com o Mirror.
“O tipo era louco, mas eu amo-o. Davam-lhe uma bola de futebol e ele apenas jogava com liberdade e, por vezes, se ele conseguisse uma boa jogada, podia jogar tão bem como qualquer jogador do campeonato. Ele apanhava muitas lesões grandes e depois os seus problemas em comer da forma como comia começaram a afetá-lo”.
“Não foi por acaso que a sua melhor forma surgiu quando ele tinha muitos jogos, porque era quando não conseguia comer tanto. Vou dizer algo sobre Anderson – se ele tivesse sido um jogador de futebol profissional no verdadeiro sentido da palavra, ele poderia ter sido o melhor do mundo”.
“Não sei sequer se ele alguma vez levou alguma coisa a sério. Ele apenas amava a vida de uma forma fácil e casual”, disse.
Anderson deixou o United em 2015 para a formação brasileira do Internacional, antes de rumar ao Adana Demirspor em 2018.
O jogador reformou-se no ano passado e entrou para a equipa turca como treinador adjunto.
O ex-companheiro de equipa dos Red Devils Michael Owen parece concordar com a análise de Rafael e descreveu anteriormente Anderson como “demasiado descontraído”.
Ele disse ao SportsJOE, de acordo com o Planet Football: “Ele era muito talentoso, mas sem querer generalizar, ele tinha aquela atitude brasileira. Ele era um tipo bastante descontraído. Talvez demasiado descontraído por vezes”.
Lembram-se de Anderson?